terça-feira, 18 de dezembro de 2012

BILHETE DE NATAL - CASIMIRO CUNHA

 

Meu amigo, não te esqueça,
pelo Natal de Jesus,
de cultivar na lembrança
a paz, a verdade e a luz.
Não olvides a oração
cheia de fé e de amor,
por quem passa, sobre a Terra,
encarcerado na dor.
Vai buscar o pobrezinho
e o triste que nada tem...
o infeliz que passa ao longe
sem o afeto de ninguém.
Consola as mães sofredoras
e alegra o órfão que vai
pelas estradas do mundo
sem os carinhos de um pai.
Mas escuta: Não te esqueças,
na doce revelação,
que Jesus deve nascer
no altar do teu coração.


FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL –
 
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.

Digitado por: Lúcia Aydir – SP/08/2005.
 
 

Frase de Natal - Emmanuel


Na celebração do Natal, diminui quanto possível a matança dos animais – nossos companheiros na romagem evolutiva.
 
Não olvidemos que o Senhor encontrou junto deles o seu primeiro lar, na insegurança da estrebaria.
 
 

PRECE DO NATAL - EMMANUEL


Senhor Jesus!...
Recordando-te a vinda, quando te exaltaste na manjedoura por luz nas travas, vimos pedir-te a bênção.
Releva-nos; se muitos de nós trazemos saudade e cansaço, assombro e aflição, quando nos envolver em torrentes de alegria.
Sabes, Senhor, que temos escalado culminâncias... Possuímos cultura e riqueza, tesouros e palácios, máquinas que estudam as constelações e engenhos que voam no Espaço! Falamos de ti – de ti que volveste dos continentes celestes, em socorro dos que choram na poeira do mundo, no tope dos altos edifícios em que amontoamos reconforto, sem coragem de estender os braços aos companheiros que recolhias no chão...
Destacamos a excelência de teus ensinos, agarrados ao supérfluo, esquecidos de que não guardaste uma pedra em que repousar a cabeça; e, ainda agora, quando te comemoramos o natalício, louva-te o nome, em torno da mesa farta, trancando inconscientemente as portas do coração aos que se arrastam na rua!
Nunca tivemos, como agora, tanta abastança e tanta penúria, tanta inteligência e tanta discórdia! Tanto contraste doloroso, Mestre, tão só por olvidarmos que ninguém é feliz sem a felicidade dos outros... Desprezamos a sinceridade e caímos na ilusão, estamos ricos de ciência e pobres de amor. É por isso que, em te lembrando a humildade, nós te rogamos para que nos perdoes e ames ainda... Se algo te podemos suplicar além disso, desculpa o nada que te ofertamos, em troca do tudo que nos dás e faze-nos mais simples!...
Enquanto o Natal se renova, restaurando-nos a esperança, derrama o bálsamo de tua bondade sobre as nossas preces, e deixa, Senhor, que venhamos a ouvir de novo, entre as lágrimas de júbilo que nos vertem da alma, a sublime canção com que os Céus te glorificam o berço de palha, ao clarão das estrelas:

-
 
Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens!

NA NOITE DE NATAL - JOÃO DE DEUS

 
-

“Minha mãe, porque Jesus,

Cheio de amor e grandeza
Preferiu nascer no mundo
Nos caminhos da pobreza “?”.
Porque não veio até nós
Entre flores e alegrias,
Num berço todo enfeitado
De sedas e pedrarias?
-
“Acredito, meu filhinho,

Que o Mestre da Caridade
Mostrou, em tudo e por tudo,
A luminosa humildade “!...”.
Às vezes, penso também,
Nos trabalhos deste mundo,
Que a Manjedoura revela
Ensino bem mais profundo “!”.
E a pobre mãe de olhos fixos
Na luz do céu que sorria
Concluiu com sentimento
 
Em terna melancolia:


-

“Por certo, Jesus ficou
Nas palhas, sem proteção,
Por não lhe abrirmos na Terra
As portas do coração ““.

FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL

Psicografia: Francisco Cândido Xavier.

Digitado por: Lúcia Aydir – SP/08/2005.

 

O DIVINO CONVITE - CASIMIRO CUNHA


“Vinde a Mim, vós que sofreis!...”.

E a palavra do Senhor,

tocando nações e leis,

ressoa, cheia de amor.

Herdeiros tristes da cruz,

que seguis de alma ferida,

encontrareis em Jesus

Caminho, verdade e vida.

Famintos de paz e abrigo,

que lutais no mundo incréu,

achareis no Eterno Amigo

o Pão que desceu do Céu.

Almas sedentas de pouso,

que à sombra chorais cativas,

tereis no Mestre Amoroso

a fonte das Águas Vivas.

Venham, irmãos, a Jesus Cristo,

o Guia que nos conduz!

vosso caso está previsto

em suas lições de luz.

FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL

Frase de Natal - JOÃO DE CARVALHO


O Natal não é apenas uma festa no coração e no lar.
 
É também a reafirmação da nossa atitude cristã perante a vida.
 
 

Frase Natal - CASIMIRO CUNHA


Natal é o maior dos dons,
Nas celestes alegrias,
Que nos ensina a ser bons
Com Jesus todos os dias.
 

Natal - Irene S Pinto


Natal! Grande bolo à mesa.
A árvore linda em festa.
O brilho da noite empresta;
Regozijo ao coração...
É como se a Natureza
Trouxesse Belém de novo
Para os júbilos do povo
Em doce fulguração.
Tudo é bênção que se enflora,
De envolta na melodia
Da luminosa alegria
Que te beija a segue além...
Mas se reparas, lá fora,
O quadro que tumultua,
Verás quem passa na rua
Sem ânimo e sem ninguém.
Contemplarás pequeninos
De faces agoniadas,
Pobres mães desesperadas,
Doentes em chaga e dor...
E, ajudando aos peregrinos
Da esperança quase morta,
Talvez enxergues à porta
O Mestre pedindo amor.
É sim!... É Jesus que volta
Entre os pedestres sem nome,
Dando pão a quem tem fome,
Luz às trevas, roupa aos nus!
Anjo dos Céus sem escolta,
Embora a expressão serena,
Tem nas mãos com que te acena
Os tristes sinais da cruz.
Natal! Reparte
o carinho
Que te envolve a noite santa
Veste, alimenta e levanta
O companheiro a chorar.
E, na glória do caminho
Dos teus gestos redentores,
Recorda por onde fores
Que o Cristo nasceu sem lar.

FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL –

Psicografia: Francisco Cândido Xavier.

Digitado por: Lúcia Aydir – SP/08/2005.



 

JESUS PARA O HOMEM - Emmanuel


“E achado em forma como homem, humilhou-se a
si mesmo, sendo obediente até à morte de cruz”
 

PAULO (Fillipenses, 2:8).
 

O Mestre desceu para servir.
Do esplendor à escuridão...
Da alvorada eterna à noite plena...
Das estrelas à manjedoura...
Do infinito à limitação...
Da glória à carpintaria...
Da grandeza à abnegação...
Da divindade dos anjos à miséria dos homens...
Da companhia de gênios sublimes à convivência dos pecadores...
De governador do mundo a servo de todos...
De credor magnânimo a escravo...
De benfeitor a perseguido...
De salvador a desamparado...
De emissário do amor à vítima do ódio...
De redentor dos séculos a prisioneiro das sombras...
De celeste pastor à ovelha oprimida...
De poderoso trono à cruz do martírio...
Do verbo santificante ao angustiado silêncio...
De advogado das criaturas a réu sem defesa...
Dos braços dos amigos ao contacto de ladrões...
De doador da vida eterna a sentenciado no vale da morte...
Humilhou-se e apagou-se para que o homem se eleve e brilhe para sempre!
Oh! Senhor, que não fizeste por nós, a fim de aprendermos o caminho da Gloriosa
Ressurreição no Reino?


FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL –
Psicografia: Fancisco Cândido Xavier.
 
Digitado por: Lúcia Aydir – SP/08/2005.

Antologia mediúnica do natal - Chico Xavier


 “ser cristão é ser luz ao mundo amargo e aflito, pelo dom de servir à Humanidade inteira”.
Espírito Olavo Bilac

XAVIER, Francisco C. Antologia mediúnica do natal. Espíritos diversos. 6. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 76, p. 201.
 

 

O significado do natal para os espíritas - Marta Antunes Moura

O SIGNIFICADO DO NATAL PARA OS ESPÍRITAS

Marta Antunes Moura
“Eis que vos trago boas-novas de grande alegria, que será de todo o povo, porque nasceu para vós, hoje, um salvador, que é o Cristo Senhor, na cidade de Davi.”
Lucas, 2:10-11 1


Natal é comemorado no dia 25 de dezembro porque a data foi retirada de uma festa pagã muito popular existente na Roma antiga, e que fora oficializada pelo imperador Aureliano em 274 d.C. A finalidade da festa era homenagear o deus sol Natalis Solis Invicti (Nascimento do Sol Invicto) considerado a primeira divindade do Império Romano  e festejar o início do solstício de inverno.

Com o triunfo do Cristianismo, séculos depois, a data foi utilizada pela igreja de Roma para comemorar o nascimento do Cristo (que, efetivamente, não ocorreu em 25 de dezembro), considerado, desde então, como o verdadeiro “sol” de justiça. Com o passar do tempo, hábitos e costumes de diferentes culturas foram incorporados ao Natal, impregnando o de simbolismo: a árvore natalina, por exemplo, é contribuição alemã, instituída no século XVI, com o intuito de reverenciar a vida, sobretudo no que diz respeito aos pinheiros, que conservam a folhagem verde no inverno; o presépio foi ideia de Francisco de Assis, no século XIII. As bolas e estrelas que enfeitam a árvore de Natal representam as primitivas pedras, maçãs ou outros elementos com que no passado se adornavam o carvalho, precursor da atual árvore de Natal. 

Antes de serem substituídas por lâmpadas elétricas coloridas, as velas eram enfeites comuns nas árvores, como um sinal de purificação, e as chamas acesas no dia 25 de dezembro são uma referência ao Cristo, entendido como a luz do mundo. A estrela que se coloca no topo da árvore é para recordar a que surgiu em Belém por ocasião do nascimento de Jesus. Os cartões de Natal apareceram pela primeira vez na Inglaterra, em meados do século XIX. Os espíritas vêem o Natal sob outra ótica, que vai além da troca de presentes e a realização do banquete natalino, atividades típicas do dia. Já compreendem a importância de renunciar às comemorações natalinas que traduzam excessos de qualquer ordem, preferindo a alegria da ajuda fraterna aos irmãos menos felizes, como louvor ideal ao Sublime Natalício.

Os verdadeiros amigos do Cristo reverenciam-no em espírito.2 A despeito do relevante significado que envolve o nascimento e a vida do Cristo e sua mensagem evangélica, sabemos que muitos representantes da cristandade agem como cristãos sem o Cristo, porque vivenciam um Cristianismo de aparência.

Neste sentido, afirmava o Espírito Olavo Bilac que “ser cristão é ser luz ao mundo amargo e aflito, pelo dom de servir à Humanidade inteira”.3 Chegará a época, contudo,em que Jesus, o guia e modelo da Humanidade terrestre,4 será reverenciado em espírito e verdade; Ele deixará de ser visto como uma personalidade mítica, distante do homem comum; ou mero símbolo religioso que mais se assemelha a uma peça de museu, esquecida em um canto qualquer, empoeirada pelo tempo. Não podemos, contudo, perder a esperança. Tudo tem seu tempo para acontecer.

No momento preciso, quando se operar a devida renovação espiritual da Humanidade, indivíduos e coletividades compreenderão que [...] Jesus representa o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo, e a doutrina que ensinou é a mais pura expressão de sua lei [...].5

Distanciado dos simbolismos e dos rituais religiosos, o espírita consciente procura festejar o Natal todos os dias, expressando-se com fraternidade e amor ao próximo. Admite, igualmente, que [...] a Doutrina Espírita nos reconduza o Evangelho em sua primitiva simplicidade, porquanto somente assim compreenderemos, ante a imensa evolução científica do homem terrestre, que o Cristo é o sol moral do mundo, a brilhar hoje, como brilhava ontem, para brilhar mais intensamente amanhã.6 Perante as alegrias das comemorações do Natal, destacamos três lições ensinadas pelos orientadores espirituais, entre tantas outras. Primeira, o significado da Manjedoura, como assinala Emmanuel: As comemorações do Natal conduzem-nos o entendimento à eterna lição de humildade de Jesus, no momento preciso em que a sua mensagem de amor felicitou o coração das criaturas, fazendo-nos sentir, ainda, o sabor de atualidade dos seus divinos ensinamentos.

A Manjedoura foi o Caminho. A exemplificação era a Verdade. O Calvário constituía a Vida. Sem o Caminho,o homem terrestre não atingirá os tesouros da Verdade e da Vida.7 Segunda, a inadiável (e urgente) necessidade de nos aproximarmos mais do Cristo, de forma que o seu Evangelho se reflita, efetivamente, em nossos pensamentos, palavras e atos. Para a nossa paz de espírito não é mais conveniente sermos cristãos ou espíritas “faz de conta”.[...]

Comentando o Natal, assevera Lucas que o Cristo é a Luz para alumiar as nações.8 Não chegou impondo normas ou pensamento religioso. Não interpelou governantes e governados sobre processos políticos. Não disputou com os filósofos quanto às origens dos homens. Não concorreu com os cientistas na demonstração de aspectos parciais e transitórios da vida. Fez luz no Espírito eterno.

Embora tivesse o ministério endereçado aos povos do mundo, não marcou a sua presença com expressões coletivas de poder, quais exército e sacerdócio, armamentos e tribunais. Trouxe claridade para todos, projetando-a de si mesmo. Revelou a grandeza do serviço à coletividade, por intermédio da consagração pessoal ao Bem Infinito. Nas reminiscências do Natal do Senhor, meu amigo, medita no próprio roteiro.

Tens suficiente luz para a marcha? Que espécie de claridade acendes no caminho? Foge ao brilho fatal dos curtos-circuitos da cólera, não te contentes com a lanterninha da vaidade que imita o pirilampo em vôo baixo, dentro da noite, apaga a labareda do ciúme e da discórdia que atira corações aos precipícios do crime e do sofrimento. Se procuras o Mestre divino e a experiência cristã, lembra-te de que na Terra há clarões que ameaçam, perturbam, confundem e anunciam arrasamento...

Estarás realmente cooperando com o Cristo, na extinção das trevas, acendendo em ti mesmo aquela sublime luz para alumiar?9 Por último é muito importante aprendermos a ser gratos a Jesus pelas inúmeras bênçãos que Ele nos concede cotidianamente, em nome do Pai, como a família, os amigos, a profissão honesta, a vivência espírita etc., sabendo compartilhá-las com o próximo, como aconselha Meimei: Recolhes as melodias do Natal, guardando o pensamento engrinaldado pela ternura de harmoniosa canção... 

Percebes que o Céu te chama a partilhar os júbilos da exaltação do Senhor nas sombras do mundo. [...] Louva as doações divinas que te felicitam a existência, mas não te esqueças de que o Natal é o Céu que se reparte com a Terra, pelo eterno amor que se derramou das estrelas. Agradece o dom inefável da paz que volta, de novo, enriquecendo-te a vida, mas divide a própria felicidade, realizando, em nome do Senhor, a alegria de alguém!...10 


Referências:

1DUTRA, Haroldo D. O novo testamento. (Tradutor). Brasília: EDICEI, 2010. p. 258.

2VIEIRA, Waldo. Conduta espírita. Pelo Espírito André Luiz. 31. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 47, p. 154.

3XAVIER, Francisco C. Antologia mediúnica do natal. Espíritos diversos. 6. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 76, p. 201.

4KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Q. 625.

5______. ______. Comentário de Kardec àq. 625.

6XAVIER, Francisco C. Religião dos espíritos. Pelo Espírito Emmanuel. 21. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. Jesus e atualidade, p. 296.

7______. Antologia mediúnica do natal. Espíritos diversos. 6. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 21, p. 57.

8LUCAS, 2:32.

9XAVIER, Francisco C. Antologia mediúnica do natal. Espíritos diversos. 6. ed.Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 4.

10______. ______. Cap. 29, p. 73-74.


Fonte: Revista Reformador, da FEB, de dezembro de 2010

Algumas felicitações pelo Natal e Ano Novo

Froehliche Weihnachten und ein gluckliches Neues Jahr
Alemão


Geseende Kerfees en 'n gelukkige nuwe jaar
Afrikaner


I'D Mubarak ous Sana Saida
Arabe


Prejeme Vam Vesele Vanoce a stastny Novy Rok
Checo


Feliz Navidad y Próspero Año Nuevo
Castellano


Gajan Kristnaskon
Esperanto


Joyeux Noël et Bonne Année
Francés


Kellemes Karacsonyiunnepeket & Boldog Új Évet
Húngaro


Merry Christmas and Happy New Year
Inglés


Buon Natale e Felice Anno Nuovo
Italiano


Shinnen omedeto. Kurisumasu Omedeto
Japonés


Kung His Hsin Nien bing Chu Shen Tan
Mandarín


Pozdrevlyayu s prazdnikom Rozhdestva is Novim Godom
Ruso


Suksan Wan Christmas lae Sawadee Pee Mai
Tailandés


Veseloho Vam Rizdva i Shchastlyvoho Novoho Roku!
Ucraniano

Natal Solidário

 
Dai um cobertor a quem tem frio.
Dai comida a quem tem fome.
Dai um abraço a quem tem solidão.
Vamos todos numa só oração.
Que neste natal a solidariedade
toque nos nossos corações.




É NATAL! Que ofertamos ao Aniversariante?



É NATAL!  Que ofertamos ao Aniversariante?

Gebaldo José de Sousa
 
No livro “Os mais belos contos de Natal” (1), com o título de O Quarto Rei Mago, há um deles, belíssimo, escrito por Joannes Joergensen, no qual atribui a uma lenda o fato de que Jesus não sorriu, ao receber as oferendas dos Reis Magos (Gaspar, Melquior e Baltasar), que se constituíam de ouro, incenso e mirra.

Mas o autor se refere à existência de um quarto rei, originário da Pérsia, que chegou atrasado... e de mãos vazias. Ao narrar por que chegara de mãos vazias, fez o pequeno Jesus se voltar para ele, estender-lhe suas mãozinhas e sorrir-lhe.

Em seu relato afirma que, ao partir de seu amado país, trazia-Lhe precioso tesouro: três pérolas brancas, cada uma semelhante a um ovo de pomba, retiradas do Mar da Pérsia.

Contudo, a primeira delas ofertou ao hospedeiro de uma estalagem, a fim de que buscasse um médico para um velho que tremia de febre, estendido num banco, próximo à lareira. Era magro e pobre, e muito parecido com seu próprio pai... Certamente seria enxotado no dia seguinte, se não morresse até lá. Que cuidasse dele e, se fosse o caso, desse-lhe sepultura digna.

No dia seguinte, em viagem, ouviu gritos vindo de um bosque. Verificou que se tratava de soldados que iam violentar jovem mulher.

Com a segunda pérola comprou sua liberdade. Ela beijou as mãos do rei e fugiu célere para as montanhas.

Restava-lhe uma pérola e, ao menos esta, pensava consigo, seria entregue ao pequeno Rei, nascido no Ocidente.

Seguindo em frente, aproximou-se de uma pequena cidade em chamas. Eram os soldados de Herodes, a executar-lhe as ordens de matar as crianças de dois anos para baixo.

Um deles mantinha, dependurado por uma perna, pequeno menino que se debatia e gritava. Ameaçava jogá-lo ao fogo. Sua mãe gritava desesperadamente.

Com terceira pérola resgatou a criança, devolvendo-a à mãe, que a enlaçou em seus braços, fugindo, sem ao menos agradecer-lhe, tamanha era sua angústia.

Por isso, chegara de mãos vazias... e lhe pedia perdão.

*

Aquele rei trazia, sim, as mãos vazias, mas o coração, esse, estava pleno de amor.

A compaixão que o moveu, nas três circunstâncias, foi o melhor presente que, afinal, ofereceu ao meigo Jesus, ainda infante. Na sua conduta, demonstrou que se harmonizava com os futuros ensinos de Jesus em seu Evangelho.

Nele, a vivência era visível e já se tornara uma segunda natureza. Já possuía o salutar hábito da bondade, em todas as ações.

O Espiritismo, o Consolador prometido por Jesus, tem como objetivo primordial restabelecer, na Terra, o Cristianismo primitivo, sem os atavios e distorções que lhe acrescentamos, os homens que o não assimilamos, que o não compreendemos.

Em Jesus temos “o conquistador diferente”, no dizer do Irmão X(2): “Jamais humilhou e feriu (...) recebeu sem revolta, ironias e bofetadas (...)”. Assim ainda o temos tratado.

Pois, que temos nós ofertado ao Divino Amigo? Que temos feito de nossas vidas?

Será que o fazemos sorrir? Ou Chorar?

Nossas mãos estão vazias porque nos despojamos de egoísmo e somos mais fraternos, mais dados à compaixão, mais caridosos material e moralmente, ou por que nada nos comove?

Temos hoje nova visão do Natal, ou permanecemos nas velhas ilusões do desperdício, da matança dos animais, das bebedeiras, da alegria exterior? Compartilhamos com o próximo, de qualquer condição social, o júbilo íntimo, os bens e os talentos?

No nosso Natal, o Cristo está presente?

Jesus veio ao mundo, no dizer de Isaías (61:!) “(...) para anunciar a Boa Nova aos pobres. (...) para proclamar a libertação dos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos (...)”(3).

Somos cativos, sim, da ignorância e de seus efeitos. Dos vícios e do comodismo.

Por ignorarmos a Lei, que Jesus resumiu no Amor a Deus e ao Próximo é que nos mantemos escravos dos compromissos cármicos. Sofremos as reações más de ações também más. Para sairmos desse círculo vicioso de reencarnações dolorosas, indispensável aviar a receita que o Mestre nos trouxe no Evangelho do Reino.

Nossa evangelização é um processo. Não se acaba. Não se esgota na prática de uma ou outra ação generosa. Não se deve se restringir à caridade de material de fins de semana ou à freqüência desatenta aos cultos periódicos de quaisquer seitas.

Para se tornar efetiva e transformadora, conscientizemo-nos de que é de todos os momentos e lugares, não se limitando a ocasiões determinadas.

É claro que o Natal é motivo para nos rejubilarmos. Jesus veio para nos libertar. Mas nossa libertação depende de nossa adesão aos ensinos contidos na Boa Nova do Reino. O mensageiro celeste, ao se dirigir ao aos pastores, na noite de Seu nascimento, deixa bem claro: “Não temais; eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” (Lucas 2:10-11)

Natal e fim de ano são momentos propícios à reflexão, ao balanço do uso do tempo que passou, à idealização de projetos novos para o ano que recomeça.

Que temos feito de nossos talentos e de nossas vidas?

Como será, quem sabe, nossa prestação de contas?

“(...) o dia do Senhor vem como ladrão de noite (...)”. (Paulo, 1 Ts, 5-2)

Temos buscado nos tornar dignos de tantas bênçãos?

Se nossas ações levarem alegria ao Divino Amigo, também nós seremos felizes.

Que tal incluirmos nos projetos para o Natal e Ano Novo – para todos os Natais e Anos Novos  que virão – espaço para as lições que Ele nos trouxe há dois mil anos?

Projetar e REALIZAR, pois que “ (...) a fé sem as obras é inoperante.” (Tiago, 2:20).

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

(1) “Os mais belos contos de Natal”, Ed. Vozes, Pág. 47, 1993.

(2) “Antologia Mediúnica do Natal”, de Autores Diversos, Cap. 3, 3ª ed. FEB – 1990.

(3) “Bíblia Sagrada”, Trad. João Ferreira de Almeida, Soc. Bíblica do Brasil, 1969.


Fonte: revista Reformador, da FEB, de dezembro de 1996.
 

 

Instrução da Madrugada - Tupi Fortaleza e Raimundo Quirino

INSTRUÇÃO DA MADRUGADA                           18/07/2005
Instrutor:  TUPI FORTALEZA

A vida de índio é boa e livre, a mata e o campo são muito grandes e têm tudo o que ele, sua família e sua tribo precisam, mas, existem coisas muito mais importantes do que isso, que ele e sua tribo precisam procurar: o conhecimento da vida, os outros homens e a verdade que ele vai encontrar do outro lado da morte. Será mesmo, como ensinam, que depois do corpo tombado, o ESPÍRITO vai montar num cavalo e sair correndo nas terras de TUPÃ? Será que o índio vai estar como índio separado dos brancos, desprezado e caçado como bicho do mato?
TUPÃ não fez a vida assim. ELE é muito mais sábio do que todos os homens e nenhuma história pode tirar d’ELE os poderes que tem. Aqui, onde não tem cavalo, nem é preciso caçar, formosos ESPÍRITOS ensinam que as raças humanas vão fundir os seus valores, suas formas e as cores da pele para ser uma só, de gente amiga, respeitadora e que ame o outro como irmão e já não saiba o que é ofender, odiar, perseguir, matar, desprezar!
 A força e a formosura de TUPÃ estará em cada homem e cada homem viverá como ELE quer: cheios de formosura, mansos e humildes como nenhum índio ou branco, são. Eles dizem que as raças estão passando por uma grande transformação e o melhor a fazer é jogar fora o orgulho e o ódio que separam os irmãos uns dos outros. Pensemos nessa formosura e todos seremos felizes e TUPÃ contente com os filhos! Salve todos..

            T  U  P  Í       F  O  R  T  A  L  E  Z   A
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INSTRUÇÃO DA MADRUGADA                            18/07/2005
Instrutor: RAIMUNDO QUIRINO

DEUS é branco como os brancos, ou negro como os negros? Sim, porque os filhos de branco nascem brancos e os filhos de negro nascem negros. Como entender essa questão?
DEUS é ESPÍRITO PURO e não tem forma de homem e nem precisa dela por que sabe tudo, tudo pode e tudo fez e vem fazendo. Brancos e negros são homens que os ESPÍRITOS filhos de DEUS precisam vestir para trabalhar e aprender todas as coisas para ter a formosura parecida com a d’ELE.
Os ESPÍRITOS são criados simples e ignorantes e os homens que eles animam, no começo são selvagens e brutos, mas, com o tempo e as necessidades que eles têm, vão aprendendo a viver e a conhecer tudo sobre a vida na TERRA e, também, descobrindo as coisas da TERRA onde eles vão continuar a viver depois que os corpos deles morrerem. Têm ido para a TERRA os ESPÍRITOS sábios de DEUS, que já viveram muitas vezes como homens, para ensinar o que DEUS quer dos filhos e o que tem para lhes dar.
Os ESPÍRITOS têm de passar por muitas TERRAS para aí conquistar o mundo bendito de DEUS, sabendo que ELE não é branco e nem negro, mas, perfeição na sabedoria, no amor, na justiça e na misericórdia e todos nós devemos imitar a sua formosura. 

             R A I M U N D O     Q U I R I N O
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