Instrutor: REMIRO FALCON
Estando aqui, no mundo maior, o dos ESPÍRITOS, facilmente poderemos
sentir e convencer-nos de que a VIDA continua para além das fronteiras
tumulares e, pois, para além e apesar da morte que fecha os olhos, paralisa o
fôlego e os batimentos cardíacos do homem, para sempre.
Ainda assim, poderemos ter certas dúvidas a nos perturbar os
pensamentos, como estas: Estaremos sonhando um sonho bom ou mau, tendo uma
ilusão ou uma visão da realidade a nos confundir ainda mais? Entre os que se
encontram nesta assembléia, é possível que alguns se façam impermeáveis a todas
as evidências, por se terem encouraçado para as realidades divinas,
entregando-se aos comandos da doutrina do nada e que determina, portanto, que a
morte destrua as possibilidades de sobrevivência das inteligências, das
sensibilidades e do amor que vibra no homem.
Convidamos todos os presentes para que toquem em tudo o que vêem, que
experimentem a agradável sensação de leveza, a satisfação de estarem bem longe
das grades carnais, livres com o corpo astral. Notem a transparência deste,
percebam a suavidade da luz que desce abundante do espaço infinito e o
envolvimento caricioso da música divina, que reproduz ciclos que os ouvidos do
corpo humano são incapazes de detectar, tão limitados são eles.
Tais experiências agora efetuadas, quiçá não sejam suficientes para
fazer que caiam as barreiras da dúvida e da insensibilidade, construídas com o
fortíssimo cimento das negações que limitam a vida a uma só, assim mesmo, num
mundo de choro e ranger de dentes, mas que tudo se pode fazer para aproveitar o
curto espaço de tempo que ela oferta, para usar e abusar, sem o mínimo respeito
e consideração.
O homem simples do campo pode não ter conhecimento nem mesmo idéia do
que faz na TERRA e pensa nela estar, para lavrar, semear e colher, para
alimentar-se e à sua família, dormir e acordar no dia seguinte, disposto para
as lutas continuadas da vida. Pensa em DEUS, como o Senhor dos CÉUS e da TERRA
e, portanto, dono da vida eterna e O reverencia em preces humildes pedindo-lhe
proteção para si e para os que ele ama. O homem complicado com o seu pensar,
suas exigências, suas observações incompletas, seu orgulho do que faz e do que
entesoura em cofre de aço, pensa ter conhecimento de tudo e de tudo poder dar
explicações cabais, ri-se das crenças dos outros e dos rituais levados a efeito
por eles, inúteis e viciosos e diz de si para si mesmo, sem precisar de
fantoches e fantasmas do pretenso Além, dos malucos, dos tolos e dos
exploradores das fraquezas humanas (!?).
Credo! Como nos complicamos, a despeito da inteligência e do volume
dos conhecimentos armazenados, não atinando com a resposta a estas perguntas:
Como surgiram a TERRA e os colossos iluminados dos espaços infinitos que os
instrumentais produzidos pelos humanos não conseguem determinar? Quem teria
feito a vida com tantos e tão notáveis e precisos detalhes? A Natureza se fez
por si, ou alguém de poderes superlativos a tenha produzido dizendo: Faça-se a
luz e luz foi feita! Abram-se os espaços e encha-se de aves, com graça e
beleza, os eitos se cubram de verde e de animais e as águas a correr pelos
vales, repletas de peixes? Quem teria feito o homem que reproduz corpos iguais
ao seu e tenha voz e fale e ame, pesquise e creia? Para que tudo isso, se após
sua morte se faça silencio pesado e absoluto, e dele nada mais fique restando?
Pelo que nos cabe, façamos pouco caso do acanhado ponto de vista do
nada, quando temos tudo para ver, sentir, entender, sonhar, e esperar merecer
as bênçãos da Inteligência Suprema que, em verdade, é a autora de todas as
obras expostas na exuberante Natureza e que essa Inteligência é DEUS, que JESUS
nos ensinou a reverenciar como o PAI que está nos Céus, isto é, muito além da
matéria e da morte e para lá das desgraças que os humanos criaram e criam para
o seu tormento, apesar dos ensinamentos e das advertências recebidas ao longo
das eras!
Não estamos sonhando, não! Estamos vivendo a vida que não morre, pois,
para nós os ESPÍRITOS, ela é eterna! E temos de tudo fazer para merece-la, pelo
bem que pode e deve ser feito e, pelo amor que é capaz de encobrir toda a
multidão dos pecados, dos pobres e enganados do mundo passageiro da matéria.
R E M
I R O
F A L
C O N
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