Instrutor: GERVASIO DA CONCEIÇÃO
Compreende-se que hajam perseguições acirradas da parte de encarnados
e de desencarnados, aos seus desafetos com os quais se indispuseram em ofensas
mais ou menos violentas e graves, que ainda não resolveram ou não conseguiram
perdoar deixando confiantemente à Justiça divina a tarefa de corrigir os
culpados, por suas leis sábias e misericordiosas, mas, ao mesmo tempo se
observa que essas perseguições e vinganças, com a multidão de prejuízos que
causam, são movidas por um vício pernicioso que excita uma satânica volúpia em
fazer sofrer severamente, aquele que os fez sofrer, em qualquer nível.
Confirma-se assim, o exercício feroz do “olho por olho, dente por
dente” de conformidade com uma lei humana de antiga aplicação entre os judeus,
mas, essa lei é raivosa e não leva em conta a bondade, a misericórdia e a
providência de DEUS, que ama todos os filhos que fez nascer dos seus carinhos
de CRIADOR de todas as coisas e seres que povoam os mundos de sua Casa Grande.
Vai de encontro, frontalmente, ao “não matarás”, quinto mandamento do Decálogo
composto por Moisés sob a inspiração divina no alto do Sinai, há quatro
milênios terrestres. Como uma força amaldiçoada, que envolve os ESPÍRITOS,
encarnados ou não, o “olho por olho”, os cega e põe a perseguir, paciente ou
intempestivamente, o adversário, para faze-lo “morrer” e entrar num inferno de
sofrimentos, pagando caro pelas agressões praticadas.
Nem sabemos direito como nos doerão as perseguições que fizermos! Elas
atingem o cérebro dos equipamentos físicos, tornando-nos desequilibrados ou
loucos varridos; o coração, como se um punhal fino e agudo o atravessasse noite
e dia provocando lancinantes dores; quase sempre atingem aqueles a quem amamos,
levando-nos ao desespero! É verdade que atingidos, somos culpados e sofremos,
com certeza, o império da lei do homem, a do “olho por olho, dente por dente”,
porém, limpando-nos se não amaldiçoarmos os perseguidores e até orarmos a DEUS
pedindo por eles, pois, por trás de tudo, concretiza-se a lei divina de Causa e
Efeito e, por esta, ficam os rancorosos perseguidores, de vítimas antigas a
devedores, porque agiram sem as credenciais precisas, tomando a justiça divina
nas próprias mãos, que poderão estar tintas pelo sangue dos irmãos prejudicados
anteriormente.
O sofrimento se ajusta à ferocidade com que armemos e exerçamos a
justiça humana e será tão grande e tão desesperador, que acabaremos por
concluir que muito melhor é ser ofendido do que ofender, pois, se ofendermos, a
justiça de DEUS nos alcançará e ativará em nosso íntimo as reações corretoras,
levando em consideração todos os pormenores das faltas cometidas, de forma a
nos libertar da degradação moral a que nos lançamos pelas inadvertências e
desprezo aos mandamentos divinos.
As ofensas que recebamos, merecem perdão incondicional de nossa parte,
assim como o ofendido por nós deve perdoar-nos confiantes de que, nalgum tempo
e nalgum lugar, haverá prantos e ranger de dentes para os ofensores os quais,
assim, sofrerão os efeitos de suas próprias faltas. Aquele que perdoa de todo
coração extirpa de si mesmo o câncer que o rói desde a agressão e o prejuízo
recebido e se torna livre e feliz pela definitiva descarga do ódio.
Experimentemos exercer o direito e o dever do perdão e sintamos a
grandeza da força que atraímos com esse exercício. Nós nos elevaremos tão alto
moralmente, que nada mais do que o bem e a volúpia sagrada de faze-lo nos
importará e, ademais, nos sentiremos, mesmo ainda agarrados às
responsabilidades na TERRA, como se já estivéssemos no Céu envolvidos pelo
incomparável amor de DEUS! Lembremo-nos de JESUS, quando nos pediu
humildemente: “perdoai para que DEUS vos perdoe”, “amai para serdes amados”.
G E R V Á S I O D A
C O N C E I Ç Ã O
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