sexta-feira, 27 de julho de 2012

Instrução da Madrugada - Augusto Travassos

INSTRUÇÃO DA MADRUGADA                                   28/10/2004
Instrutor: AUGUSTO TRAVASSOS

No espaço, enquanto nos encontramos errantes, poderemos recordar-nos de muitos trechos de nossas vidas anteriores, o que constitui para nós, motivo para meditação séria e a formação de projetos a serem concretizados futuramente, ressarcindo-nos dos erros que, certamente, andamos a cometer. Livres dos liames que nos ligam o corpo astral ao corpo denso, vivemos a vida espírita e, presos a ambos, isto é, encarnados, vivemos agitados por pensamentos e desejos, por isso sujeitos à inúmeras vicissitudes as quais temos de suportar e delas sairmos vencedores e com algum progresso intelectual e moral.

A vida espírita é a verdadeira e a definitiva para nós que trazemos de DEUS sua imagem e semelhança espiritual e é por ela que estamos em constantes encarnações, pois, importa que progridamos em todos os aspectos, granjeando, ao final de todas as experiências, os níveis elevadíssimos da perfeição da eternidade, obrigatórios e, de certa forma, pessoais, ou característicos, em cada ESPÍRITO vencedor.

Para essa conquista, revestimo-nos com as formas humanas, que têm todas as condições que necessitamos para o manejo dos elementos que devemos conquistar e utilizar, mais aquelas outras condições cujas nascentes se encontram nas nossas conhecidas rebeldias e imprevidências, as quais nos tornam devedores para com a Justiça divina, que estabelece o harmonioso conjunto eterno das LEIS de DEUS. Por todas as formas, temos de convencer-nos da realidade de criados ignorantes, devendo tornar-nos sábios, experimentando todas as coisas boas que nos são postas à disposição, eximindo-nos das más ações contrariando os termos das leis eternas, pois, assim como temos liberdade do uso de nossas forças e prerrogativas, também possuímos graves responsabilidades pelo que praticamos. Mas, como alcançar sabedoria sem o exercício da liberdade de ação, sem a aplicação da inteligência que se agiganta e, com ela, a razão que nos faz superiores a todos os demais seres animados da CRIAÇÃO?

Enquanto estamos encarnados, ou internos, na escola das carnes, ou do mundo exterior em relação ao espiritual, por falta de atenção às superiores informações trazidas pelos medianeiros da bondade divina, dentre os quais o maior deles é JESUS de Nazaré, cometemos mil e umas contravenções àquelas leis, daí derivando-nos todo o sofrer e as derrotas de nossos projetos mal arquitetados. Poderemos fazer o que as nossas forças e inteligência puderem, salvo quando esbarramos com impossibilidades transitórias, que são providenciais, contudo, restar-nos-á sempre o retorno bom das coisas boas e o retorno mau das coisas más praticadas. Todos os erros que cometemos, terão de ser corrigidos e todas as más ações terão conseqüências mais ou menos dolorosas, descarregando os venenosos depósitos que eles fazem em nossa intimidade e consciência imortais.

Necessário é, então, que reflitamos detidamente, tanto quanto a razão nos favoreça, nos cometimentos que intentaremos, para não nos suceder que sejamos sobrecarregados desnecessariamente com novos e pesados débitos morais, e aproveitemos todos os momentos de nossas encarnações para crescer em sabedoria e moral, portanto em méritos reais.

Uma particularidade importante para sabermos é que ignorantes do bem e do mal, não sofrem más tentações, porém, os favorecidos com a multidão dos conhecimentos sobre o bem e do mal, sim, e as suas conseqüências nas dores da reparação! É divina esta realidade: a rebeldia, a ingratidão, a inconseqüência, a maldade e os crimes cometidos, terão a sua punição em dores que escarmentam, e, todos os ESPÍRITOS, se salvarão, depois de sofrerem os expurgos, primando no bom proceder, pois, somente no amor a DEUS e ao PRÓXIMO como a nós mesmos, é que encontraremos a RAZÃO da VIDA ETERNA!

                    A U G U S T O   T R A V A S S O S 
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