segunda-feira, 30 de abril de 2012

Instrução da Madrugada - Hélio Fraga

INSTRUÇÃO DA MADRUGADA                       16/12/2003
Instrutor: HÉLIO FRAGA


Debalde os homens queiram viver com felicidade se, ao invés de procurarem tal situação nos valores sacrossantos da caridade, a buscarem nos da fortuna fácil e exclusivista que os bens materiais lhes possam oferecer, de modo provisório, já que de duração pequena e às vezes impregnada de sofrimentos e angustias desesperantes.

A felicidade não é deste mundo. E mesmo que a TERRA venha mais adiante oferecer vida isenta de dores e dissabores, tão conhecidos nossos, ela jamais dará ao ESPÍRITO a sonhada felicidade total, nos seus domínios. E temos de encontrá-la, mas, onde a teremos? A resposta nos vem de JESUS: no Reino dos Céus! Aí, sim, no Reino infinito de DEUS, sob as claridades sublimes das suas luzes e invadidos por seu amor, poderemos ter a felicidade e a ventura, com a qual vivemos a sonhar, quase sempre em virtude das dificuldades, ingratidões, traições e pelo cansaço de tantas lutas. O ESPÍRITO encarnado encontra valores que são provisórios nos ambientes terrenos, aos quais anseia possuir para uma vida de regalos, sem frio, sem fome ou outras dificuldades e, quase sempre se afeiçoa demasiado a eles e acaba por esquecer-se de que se encontra nos planos da matéria, apenas provisoriamente. Pode ser e é, na maioria das vezes, que se torne materialista, portanto, nada vendo além do que pode deter e usufruir. Neste caso, em cada prejuízo, por pequenino que o seja, se desespera e maldiz todos os fados.

A fortuna jamais deu ou virá a dar, verdadeira satisfação e resultado bendito aos que anseiam possuí-la, se utilizada em contrário à sua destinação, isto é, não em geração de benefícios aos demais encarnados que dependem do uso de sua mão de obra disponível. É sabido e mais que sabido, que a maioria dos homens, que tem família, têm despesas obrigatórias para a sustentação do equilíbrio familiar, como o do pão de cada dia. Ora, o trabalho oferecido pelos empreendedores, pequenos ou grandes, concentra ofertas de emprego para aptidões diversas e, com isso, fonte dos recursos necessários aos trabalhadores.

Abençoados são todos os empreendedores do mundo, porque, para o lucro dos seus negócios, estendem a mão aos dependentes do salário de cada dia. E não será somente para a compra do pão e do leite, mas, também, para outras finalidades inadiáveis, como os remédios, a cota da escola dos filhos e até para viagens em visita a parentes queridos residentes longe de sua base de ações.

Infelizmente, muitos são os homens que enterram os tesouros que lhes foram emprestados, com medo de perde-los ou por não desejarem, por nada, dividi-los com os demais. Esses merecem bem o nome dado por um nobre Instrutor: “Ecônomos infiéis”, porque dessa maneira não renderão juros ao Senhor que lhes fez empréstimos dos seus haveres. Aliás, não é somente a riqueza material, mas tudo quanto temos nos vem d’ELE como dádivas para o bom uso.

A riqueza do rico, não de todos, é o ouro, imóveis, papeis ao portador, e, a riqueza do pobre, é a fé, a esperança, a vida, a possibilidade de trabalhar, ter filhos para cuidar, entretanto a pobreza também é um desafio nobre para todo homem que tem o seu coração voltado para o bem.

Com dinheiro ou sem dinheiro, pode-se ser feliz, em parte e por antecipação daquela que se vai ter, quando de regresso ao Mundo dos Espíritos, e podemos ser infelizes se ricos, houvermos empregado mal os empréstimos divinos. É a DEUS que devemos o que temos de bom e é a ELE que iremos prestar contas do bom ou do mau uso que fizermos dos tesouros que nos confiou.


         H E L I O   F R A G A 
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