Instrução da Madrugada - Sálvio Guedes

INSTRUÇÃO DA MADRUGADA                                  22/07/2003
Instrutor: SÁLVIO GUEDES

 Desgraçado não é nome definindo xingamento, mas, a perda de graça, perante a divina Providência, por isso, vida a sofrer arrastando-se pelos caminhos do mundo e recebendo desprezo ou, então, enredando-se com vícios e crimes que façam merecer punição. No desprezo ou na revolta o espírito se afasta das graças de DEUS daí a sua situação infeliz.

                   O destino dos ESPÍRITOS é o de se tornarem felizes e verdadeiramente merecedores da graça de ir para DEUS e o seu reino de luzes e prodigiosas realizações eternas. Criados simples de gênio e ignorantes do bem e do mal, devem aprender a cuidar-se e a andar pelos melhores caminhos, evitando com a inteligência e a razão que os favoreça, o que lhes possa fazer sofrer. Sua consciência do bem e do mal, pouco a pouco os acorda e faz fortes para decidir por este ou aquele caminho a seguir. É deles a liberdade de experiência, assim como a responsabilização pelos erros cometidos inadvertida ou propositalmente, já que isso tem pesos diferentes para o devido ajuste de contas. A justiça divina é expressa em leis imutáveis, porém, cheias de misericórdia, tendo julgamentos e condenações brandos aos que fazem o mal por ignorância dos seus resultados e severos aos que o fazem por desafio àquelas leis, contudo, os sofrimentos resultantes são salvadores, porque visam recambiar os contraventores às graças perdidas.

                   A boa educação é recebida permanentemente por todos, mas, nem todos se capacitam disso e se dispõem a exercitá-la, sendo essa uma escolha por conta e risco pessoais. Nenhum espírito deve fazer o mal, praticando desrespeito e destruição, porque lhe sobrevirão muitos e dolorosos resgates. A TERRA está repleta de malfeitores em plena execução de resgates pessoais por injustiças praticadas contra si mesmos ou contra outrem. Importante é dizer-se que a maioria se encontra vivendo ao lado daqueles a quem impôs prejuízos ou de quem os recebeu. DEUS em sua infinita sabedoria, pondo-os no mesmo meio, na mesma família deu-lhes, também, o esquecimento temporário dos seus erros, para que não se perturbem e realizem o reajustamento pelo qual se responsabilizaram livremente antes de sua reencarnação, para que se recomponham e recuperem as graças perdidas.

                       É óbvio, portanto, o motivo dessa providencia, pois, como se comportariam inimigos vivendo em comum sob o mesmo teto e em suas veias correndo o mesmo sangue? Não tenhamos dúvida alguma que se trata de um imperativo divino indicando que se deva sacrificar o orgulho e fazer valer o bom senso. Verdade é que houve prejuízos de parte a parte, mas, a vida foi preservada pela Providência divina, o que deve ter para nós, maior importância do que as nossas querelas e antipatias tolas, que são postiços intoleráveis para a nossa paz e progresso.

                     Todos nós que estamos aqui, agora, neste local pleno de harmoniosos valores, poderemos ter-nos prejudicado e odiado, em outros tempos, porém, a misericórdia divina nos faz passar pela maravilha da forja das reencarnações e dos lares terrenos, indicando-nos claramente que o AMOR é a seiva da vida eterna e que nele e com ele devemos alicerçar as nossas realizações para merecermos as graças divinas.

                       Sem graças nos fazemos, por pirraça, má vontade e rebelde comportamento, e cheios de graça entrosando-nos com as regras divinas. Recebamos os pais, os irmãos e os filhos biológicos que DEUS nos oferece, amando-os muito, porque poderão estar neles credores ou devedores nossos, a nos libertar de sérios delitos cometidos ou recebidos em existências pregressas. Por gratidão façamos tudo por merecer as graças desse PAI magnífico que está nos Céus.


        S Á L V I O    G U E D E S
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