sexta-feira, 27 de abril de 2012

Instrução da Madrugada - Sérgio Custódio Dias

INSTRUÇÃO DA MADRUGADA                          24/06/2003
Instrutor: SÉRGIO CUSTÓDIO DIAS

                    Ao passar para a dimensão material, por mais que se tenha preparado para o mergulho nos seus fluidos, o ESPÍRITO entra em uma fase de esquecimento de suas anterioridades. Normalmente é incapaz de lembrar-se do que foi e do que fez, nem mesmo em relação a sua mais recente reencarnação. Essa é uma providencia divina que o preserva de possíveis distúrbios emocionais que poderiam atingir níveis algo desastrosos.

                     Com o ESPÍRITO ficam intuições a concorrer fortemente para que ele tome iniciativas corretoras do seu modo de proceder, ganhando em disciplina, conhecimento e moralidade. Fácil será compreender tal mecanismo, estudando com a devida atenção a DOUTRINA ESPÍRITA, essa luz dos Céus que vem beneficiando a multidão dos que procuram a VERDADE e por ela se libertam, consoante o ensino de JESUS. Devemos repetir o que conhecemos de longa data, encaminhando o nosso comentário: possuímos muitas reencarnações espaçadas conforme as nossas necessidades e suporte, em locais e situações os mais diversos, nem sempre auferindo delas boas vantagens, muito mais prejudicando a nossa carreira evolutiva, comprometendo-nos com a treva conquanto a luz, a proteção e a inspiração divinas nos favoreçam constantemente.

                    Ao criar-nos deu-nos DEUS imortalidade e um destino glorioso ao final de todas as lutas evolutivas. Quis, entretanto, que conquistássemos esse destino, esforçando-nos por desenvolver inteligência e razão, pesquisando e descobrindo tudo o que se relacione conosco, com o meio em que vivemos e com essa realidade que nos merece a melhor atenção. Conquanto ainda não o entendamos, o espaço divino é infinito e eterno é DEUS, e, para povoar esse espaço, criou imagens e semelhanças de si mesmo, que somos nós, os ESPÍRITOS. Criou, também, os mundos materiais, que têm nascimento, vida e morte, como tudo o que feito de matéria, que são as escolas impulsionando-nos sempre ao conhecimento do que somos, quem nos criou e porque nos colocou a viver com tantas dificuldades e dores, como as que sofremos na TERRA.

                  Ele nos tornou responsáveis pelos atos que praticarmos, levando-nos a fazer escolha certa de como agir, escarmentados pelos negativos resultados advindos dos erros e não mais percamos tempo em desacordo com as leis divinas e, por isso, aos nossos interesses maiores. Nossa consciência cresce constantemente, envolvendo-nos em um processo moralizador, fazendo-nos sentir que somos filhos de um GÊNIO muito maior do que nossos genitores biológicos, sábios e, também, que vamos sendo levados no bojo da TERRA, com destino a outras mais aperfeiçoadas, em todos os sentidos, com permitidas lembranças de nossas anterioridades no que toca às boas obras e as últimas retificações, fazendo desaparecer de nossos registros íntimos, as indevidas.

                  Cabe-nos meditar na bondade divina que providencia o esquecimento dos nossos desatinos, por justos resgates. Seria mui prejudicial ficarmos com as lembranças de nossas antigas relações com aqueles que agora formam conosco o contingente familiar e o social. Como nos sentiríamos ao recordar as traições, os crimes e os vícios de nossos companheiros, de nossos irmãos carnais, e de nossos pais? Como reagiríamos ante nossa mãe que tenha sido nossa amante em anteriores reencarnações? Que nosso filho é aquele inimigo encarniçado que nos trucidou raivosamente? Que, aquela que agora é nossa esposa é a mesma leviana do passado que nos deu tanta infelicidade e vergonha? No caso da mulher, lembrar-se das indignidades que a fizemos suportar? Não, não nos seriam senão desagradáveis quaisquer que fossem as más lembranças, por isso, agradeçamos a DEUS que nos concedeu os meios de resgate de todas as injúrias que fizemos aos companheiros de jornada evolutiva e perdoarmos, também, as que deles tenhamos recebido. E, mais ainda, elimina tais lembranças à medida que formos resgatando, em esforço, dores e aflições, os males que as geraram. Ora, tais providências só seriam possíveis mediante sucessivas reencarnações. Nas que já vivemos nos comprometemos muito e nas que iremos ter, em causa própria deveremos corrigir os erros para fazer-nos felizes e dignos das suas providências a nosso favor.      

                  Façamos tudo de nós para compreender esse PAI misericordioso, tornando nossa vida, exemplo de dignidade e reconhecimento às suas dádivas.

                         S É R G I O   C U S T Ó D I O   D I A S
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