sexta-feira, 20 de abril de 2012

Instrução da Madrugada - Marcos Prestes

INSTRUÇÃO DA MADRUGADA                                          19/06/2003
Instrutor: MARCOS PRESTES


                     O MESTRE do EVANGELHO, ao qual estamos a dever muito, ao falar para aqueles que se reuniam em torno da sua figura e personalidade carismática sem igual entre nós, ensinou que devemos perdoar sem condições exigir, aos que nos ofenderem provocando desastradas conseqüências, tal como ELE próprio praticou, de formas a não deixar a menor dúvida.

                      Estamos reunidos aqui para um fim providencial, que é o de estudo e bom aprendizado, com que orientarmo-nos na caminhada evolutiva, que é longa e cheia de surpresas de todos os matizes. Compreende-se até com alguma suficiência, que se deva perdoar as ofensas, sejam gracejos marotos, seja levianas acusações, ou tramóias que nos levem a algum prejuízo sentimental ou financeiro, pois, em nossa lembrança estão presentes as inúmeras ofensas fazemos aos que caminham ao nosso lado, daí devermos dar de ombros quando nos toque mastigar aquelas que nos atirem por leviandade ou por maldade, porém, quando se trate de uma traição, de uma perseguição que nos incomode e pleiteio na justiça contra nós, sem que atinemos com o verdadeiro motivo, que nos faça desmoronar o lar, fica muito difícil, realmente, entendermos que devamos sossegar a fera que trazemos viva e ainda incontrolada em nosso íntimo.

                     JESUS se utilizou tantas vezes da forma alegórica para uma grande parte dos seus ensinos, porque os homens daquela época não tinham o preciso entendimento das coisas divinas, porém, no que toca ao perdão, asseverou que se não perdoarmos os que nos ofenderem, também nosso PAI que está nos Céus, não nos perdoará as ofensas que houvermos feito. Aqui está uma questão com um peso que seria conhecido tão logo as inteligências tivessem condições, pelas inúmeras reencarnações. Conforme a gravidade da ofensa recebida, pode parecer-nos uma covardia perdoar, um atestado de desmoralização, porém, atentando para o fato confirmado que outrora, com outras roupagens, outros modos físicos e morais, nós nos comprometemos, tornando-nos réus ante a justiça dos homens e, também, a de DEUS.

                     Então, se traímos os nossos semelhantes que confiavam ou não em nós, caindo como abutres sobre indefesas criaturas por abuso de autoridade ou força, destruindo a felicidade de alguém, responsáveis por condenações sem motivos, com que direito e moral reagir quando se conjuguem os artigos da lei divina, pondo-nos nas malhas da cobrança imperativa? Sendo cobrados, certamente o será porque estaremos a dever, estando aí a razão porque JESUS asseverou que devemos perdoar o semelhante que pleiteia contra nós e nos lança em rosto muitas injúrias.

                     Do nosso passado, porque ainda somos inferiores, temos alguns pontos a favor e a maioria contra. A lei humana incide apenas numas poucas contravenções que pratiquemos, pois, os seus legisladores desconhecem ou desprezam, por éticas sociais, a nossa anterioridade já comprovada pela DOUTRINA DO CONSOLADOR, por isso não acertam o alvo, porém, a lei divina julga nossos atos, bons e maus, pelas intenções com que as concretizarmos, por isso também o valor dos prêmios e a intensidade das dores a nos alcançar, para o devido reajuste moral. Poderia ser de outra maneira se é DEUS a suprema justiça, bondade e misericórdia? Quereríamos que sua lei fosse como a dos homens, condenando inocentes e absolvendo culpados que exigem indenização por perdas e danos? Além de tudo a justiça humana desmoraliza o homem e a de DEUS o reabilita, porque nele está um ser imortal, fadado às glórias do seu reino.

                    Assim, entendamos o ensino de JESUS, como expressão lídima da verdade eterna: perdoando aquele que nos ofende, teremos o beneplácito da justiça divina e, ao contrário, teremos o rigor dela até que saldemos a dívida contraída, justificando-se plenamente o dizer do GRANDE MESTRE: “Se não perdoardes os vossos semelhantes, também, vosso PAI que está nos CÈUS, não vos perdoará os pecados”, “Sereis metidos em prisão e dali não saireis até que seja pago o último centavo, da dívida”.               

                   Relembremos JESUS, sua luminosa sabedoria, sua humildade e seu amor. E, também, estes dizeres filosóficos de grande beleza e verdade:

                   “ERRAR É HUMANO, MAS, PERDOAR É DIVINO”.

                   M A R C O S         P R E S T E S      

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