domingo, 26 de agosto de 2012

Instrução da Madrugada - Bernardino Davi Lopes

INSTRUÇÃO DA MADRUGADA                           08/12/2005
Instrutor:  BERNARDINO DAVI LOPES

Matar ou matar-se tem sido modo errôneo de comportamento de um grande número de humanos e tem recrudescido a prática desse vício dirigido pelo orgulho, acompanhado pelo anestésico do descaso para com as leis que regulam a marcha da VIDA, para todos os seres animados ou inanimados da CRIAÇÃO.
O orgulho, o grande inimigo, tem o condão, como grave obsessão pessoal, de impedir que o nosso raciocínio aceite e entenda que é do CRIADOR, pela normalidade divina do seu querer e destinação dos projetos, o dom da vida, que foi criado para a glória dos filhos e para a glória de si mesmo! Os que estão criados sem imortalidade, animados pela força invencível da Natureza, como o barro e a água; os vegetais e animais, que são dotados de uma espécie de alma, nascem, crescem, sevem e morrem, liberando a força que lhes dá ânimo, conquanto deixem de si gerações e sementes reprodutoras da espécie, porém, o mesmo não acontece com os ESPÍRITOS, os quais não têm morte, são inteligências, raciocinam e têm de saber, entender e respeitar a VIDA e engrandece-la nos seus objetivos atuais e futuros.
Matar é uma indesejável ação, tanto que no princípio, o homem foi advertido, com sacramento no Sinai, no item V: NÃO MATARÁS, e muito tempo depois, por JESUS, na advertência feita a PEDRO, quando disse que aquele que ferir com a espada, pela espada será ferido, isto é, será tratado pelo mesmo processo pelo qual tratou seu semelhante. Matar o auxiliar do ESPÍRITO, o corpo do homem de carnes e ossos, é crime grave, qualquer que seja o seu móvel, pois, embora o homem reproduza outros homens no consórcio maravilhoso com a sua mulher, ele não produz a vida, apenas despede se si o embrião da vida animal, criação de DEUS. Pelo ato bárbaro, o ESPÍRITO orgulhoso e perverso, instala no seu imo, o remorso, que é um sentimento de culpa que o abala, tira-lhe o sossego e o faz penar até que se arrependa e resgate integralmente a falta cometida, imposta processualmente pela divina justiça.
E, se matar é um crime ante a justiça de DEUS, matar-se é um crime duplo, pois, além do desastre alia-se a uma falta mais grave, a de assassinar fria e calculadamente, na maioria das vezes, um ser que não se defende, apenas sofre as agressões mortais sacudindo-se em ânsias, movido pela lei da Natureza. Nessa situação, quando o homem morre libertando o ESPÍRITO que nele se encontrava encarnado, este passa a sofrer as conseqüências do seu ato extremo, raramente entendendo de pronto que concluiu o ato e já se encontra no plano espiritual. Então, infernizado pelos sofrimentos decorrentes da violência feita a si mesmo, erra pelas trevas assombrosas que o envolvem, a despeito da imensidade da luz divina! A morte da matéria é como o “anjo” libertador; para que haja progresso de acordo com o determinado nas leis supremas da VIDA, mas, para o matador é como um “carrasco” que o haverá de supliciar até que conquiste o perdão pelo resgate do crime cometido.
Mas, o matador, mesmo sofrendo as penas da lei, tem o amor e o auxílio de DEUS, que lhe deu a vida imortal. Ele voltará às arenas terrenas para vencer o vício que o levou a tornar-se réu e ser condenado pelo Tribunal divino, cujo fórum está em sua consciência. Concluamos, então, que, apesar do ato de matar ou matar-se, a VIDA prossegue incólume e que o matador sofrerá pelo tempo necessário a que conquiste o perdão da vítima, de si mesmo e, portanto o de DEUS!
Tão grande é o amor de DEUS, que ELE criou os seus ESPÍRITOS com imortalidade para que, purificados dos seus erros, possam fazer parte do governo da extensão do seu reino!

           B E R N A R D I N O   D A V I D   L O P E S
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