domingo, 27 de maio de 2012

Instrução da Madrugada - Aymoré Fidalgo

INSTRUÇÃO DA MADRUGADA                        09/01/2004
Instrutor: AYMORÉ FIDALGO

“Bem-aventurado é aquele que tem sede de justiça, porque será saciado”, disse o meigo Rabi da Galiléia, aos que se aglomeravam em torno de sua figura de homem/anjo em missão de DEUS, junto aos homens comuns que a ELE foram entregues pelo Senhor das Searas e em cujo brilho e formosura se reflete toda a grandeza dos seus poderes infinitos!

A TERRA dos homens e os próprios homens se encontravam em sombras, por isso, de socorro precisavam. A TERRA, do orvalho divino que ELE trazia em si e, os homens, de uma porta que lhes permitisse entrada no mundo sagrado de DEUS, que os libertaria definitivamente dos pecados e dos sofrimentos. Cansados e oprimidos, com alegria e esperança, procuravam acercar-se daquele Rabi que proclamava que todos somos iguais e que nos devemos amar sem condições, exercendo o perdão aos inimigos, de todo o coração e o completo esquecimento das ofensas. Queriam encontrar n’ELE e receber d’ELE, a bênção da salvação, o sossego da suas almas fustigadas pela brutalidade de uns, a exploração de outros e a ingratidão até dos mais amados! Pobre Humanidade aflita e pecadora, cujos membros, incientes dos reais valores das Leis do Senhor Supremo e de suprema misericórdia, acreditavam que se justificariam perante ELE e os seus cuidados, matando o irmão e desprezando aquele que como eles não pensassem, como covarde e indígno da raça.

Mas, dentre os sofredores havia uma idéia de revanche, sem que soubessem como seria ela e sentiam que não seria pela violência. Não sabiam nada das reencarnações, por isso, não entendiam porque sofriam. Ao falar aos homens, aquele Peregrino da Boa Nova, provocou a fé nos propósitos do CRIADOR sem, contudo, entenderem que o sofrimento derivava dos seus próprios erros de anteriores vidas terrenas, das quais não tinham lembranças, como não a têm os que hoje habitam a TERRA. Os sofredores e os perseguidos nada mais eram do que antigos criminosos que passavam pelo império das Leis de Causa e Efeito, resgatando-se pela recomposição do seu equilíbrio moral abalado, daí o dizer do Mestre da Galiléia, que seriam saciados os famintos ou necessitados de justiça.

Os judeus não entenderam a Mensagem do Rabi e ainda hoje, aqueles mesmos ESPÍRITOS, que voltaram tantas vezes a viver com novos corpos e novas oportunidades, não a têm entendido, senão em pequeno número, que ELE se referia a uma Justiça amorosa e misericordiosa que reporia sempre nos seus devidos lugares, os valores desprezados e os violados pela ignorância. E ainda não estão conseguindo entender que a lepra que decompõe o corpo do infeliz, não é um castigo de DEUS, porém, o remédio de efeito expurgador daquele que se empestou com os vícios mais perniciosos, como o ódio votado ao semelhante, o desprezo ao que esteja em aflição e em erro, violando a Lei de Amor desejando que ele apodreça num leito, numa cova, ou no Vale dos Imundos!

Bem-aventurados porque eles são o alvo da Justiça salvadora de DEUS, que quer que seus filhos, curados de suas enfermidades morais, sigam até ELE, para os receber com imenso amor e dar-lhes a felicidade que merecem todos os que vencem a si mesmos e prosseguem intimoratos pelas estradas do BEM eterno.

RABÍ RABONE! Volve o Teu olhar para nós, pecadores sofridos, e repete-nos, de novo, aquela legenda bendita:

‘BEM-AVENTURADOS OS FAMINTOS DE JUSTIÇA, PORQUE SERÃO SACIADOS”.

                      A Y M O R É   F I D A L G O     

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