terça-feira, 22 de maio de 2012

Instrução da Madrugada - Cabeça Limpa e Zezinho Preto

INSTRUÇÃO DA MADRUGADA                                        08/03/2004
Instrutor: CABEÇA LIMPA

Salve! Sou pele vermelha que enfrentou muitas batalhas de morte, saindo ferido, mas, vitorioso, com os companheiros de tribo, mas, ao saber que o GRANDE ESPÍRITO quer o respeito pela vida, a vergonha cobriu o que ele pensou que fosse honra!

As penas amarradas na cabeça, ele jogou fora e os escalpos guardados como troféus da bravura, viraram troféus da desobediência às leis do GRANDE ESPÍRITO. Este índio sente vergonha de ter matado muitos homens, que são irmãos, porque todos os espíritos são irmãos, e devem se amar e proteger para serem dignos para o CRIADOR de todas as coisas.

Aos irmãos brancos, que odiei, que persegui, matei e tirei o escalpo, peço o seu perdão, porque não sabia que matar contraria a vontade poderosa e sábia do GRANDE ESPÍRITO. Agora que sabe, prefere morrer a agredir qualquer irmão de caminhada para ELE. Nenhum homem precisa matar para viver, nem matar para se sentir homem, precisa sim, respeitar a vida do semelhante e a sua e fazer só coisas formosas que agradam o coração e o ESPÍRITO. Viver e ajudar os irmãos a viverem com alegria e dignidade, honra os filhos do GRANDE ESPÍRITO.

Agora, este índio é chamado de CABEÇA LIMPA, porque não tem penas amarradas nela e desapareceram os fantasmas dos mortos nos combates dos ódios.

                   C A B E Ç A   L I M P A
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INSTRUÇÃO DA MADRUGADA                                    08/03/2004
Instrutor:  ZEZINHO PRETO


Se os negros não fossem gente, DEUS não lhes teria dado inteligência e um coração para amar. Mas, tem um problema muito grande para resolver: o ESPÍRITO que está dentro deles.

Os ESPÍRITOS dos negros nem sempre encarnaram como homens de pele negra. Também, muitas vezes encarnaram na raça branca e em outras que existem na TERRA. 

Ferozes guerreiros que assaltavam povoados e faziam escravos dos vencidos. Que faziam festivais de matança nos circos romanos, como senhores assistindo os espetáculos ou como gladiadores que se acreditavam deuses das arenas e que tinham prazer em ferir e ver sofrer os pobres vencidos!

Pobres orgulhosos que DEUS, em suas novas encarnações, fez nascerem em pele negra para serem escravizados e açoitados nos troncos e pagarem, assim, os males que fizeram aos seus irmãos de caminhada. Este negro já sabe quando doeram as feridas que ele abriu nos lombos e nos peitos daqueles que ele ofendeu antes. Agora só quer paz com todos e mostrar que está reformado pela dor que o fez sofrer, também.

                   Z E Z I N H O   P R E T O  

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