segunda-feira, 21 de maio de 2012

Instrução da Madrugada - Lobo Caçador e Tibério Louzada

INSTRUÇÃO DA MADRUGADA                              06/12/2004
Instrutor: LOBO CAÇADOR

Muitas foram as guerras entre tribos e contra brancos em que tomamos parte e sempre sobraram montões de corpos mortos no campo de batalha ou nas gargantas dos montes, onde armávamos os ataques. Os corpos eram levados para o acampamento pelos que continuaram vivos, para que seus espíritos saíssem deles e fossem cavalgar em glórias nas pradarias formosas do GRANDE ESPÍRITO. Acreditávamos assim porque assim éramos ensinados.

E quanta decepção tivemos, nunca foi verdade isso! Os bravos eram recebidos no mundo dos ESPÍRITOS, como pobres enganados pelo orgulho e uma falsa lei que não era lei do GRANDE ESPÍRITO, mas, dos homens que inventaram ser de ódios e vinganças a vontade d’ELE!

E o campo de batalha ficava forrado de índios mortos e índios feridos gemendo e outros mostrando escalpos sangrentos, como troféus de sua bravura, como se matar o irmão fosse honra e glória. No mundo dos ESPÍRITOS, os formosos cuidam dos enganados, e ensinam para eles que o GRANDE ESPÍRITO não quer morte, nem ódios nem vinganças, mas entendimento e vida, perdão das ofensas e traições e muita paz! E quem isso faz é seu bem-amado e coberto de glórias nas suas pradarias. Neste dia, este índio pede paz e concórdia entre todos. Salve.

               L O B O   C A Ç A D O R 
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INSTRUÇÃO DA MADRUGADA                             06/12/2004
Instrutor: Tibério Louzada

Este negro era muito feliz na África, com suas matas grandes e a abundância de caça, até que a aldeia foi invadida por homens brancos fortemente armados. E fizeram grande estrago. Os que não morreram, nem fugiram, foram amarrados e, depois, levados a uma canoa bem grande, onde foram acorrentados no seu porão, e passaram sede e fome até um porto distante, para serem vendidos para fazendeiros de cana e café.

Este negro lembra do sofrimento passado e não reclama. Forte e bem disposto, agüentava grandes feixes de cana que levava para o engenho, ou sacas de café que levava para o terreiro onde o café era secado. Quantas vezes foram as que este negro nem podia dormir de tanta dor no corpo e, se não podia trabalhar, era posto no tronco e apanhava de chibata e tinha o couro salgado para ficar bom logo e poder trabalhar.

Muitas foram as vezes que este negro odiou o seu senhor e desejou estrangula-lo. Agora, como ESPÍRITO já sabe que ele se vingava do inimigo de outras vidas que o fez escravo e judiou muito dele, também, por isso, agradece a DEUS, nosso Pai e Senhor verdadeiro, que na sua bondade permite que os seus filhos devedores paguem pelo mal feito e fiquem livres para continuar a aprender as lições que a vida dá e merecerem as suas bênçãos.

Ser bom e amigo de todos é a lei de DEUS. Salve todos.

                 T I B É R I O   L O U Z A D A
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